© Cynthia Goldsmith. CDC/ Dr. Terrence Tumpey/ Cynthia Goldsmith. Micrografia eletrónica de transmissão manchada negativa. Virions da gripe de 1918 recriados.
Aos investigadores, colaboradores e parceiros do CEHR, aos leitores da Newsletter
Estamos a viver tempos novos, e também difíceis, dramáticos mesmo para
muitos. No país e no mundo confrontamo-nos com a incerteza no imediato e quanto
ao futuro nos mais diversos planos da vida pessoal e social, da escala local à
escala global. As questões que uma situação como esta provocam não são
totalmente desconhecidas do historiador, seja por informação seja por reflexão
quanto a situações com algum paralelismo no passado. Esse conhecimento
confere-nos uma responsabilidade cultural e cívica acrescida nos modos de
olhar, de ler e de responder aos desafios quotidianos com que estamos
confrontados.
Neste sentido, e parafraseando a terminologia do historiador R. Koselleck, permitimo-nos
partilhar aqui três propostas para o nosso "presente vivo" onde se definem
"horizontes de futuro": exercitar as nossas responsabilidades individuais,
familiares, sociais, profissionais e cívicas, participando e incentivando
formas inovadoras e criativas de viver e enfrentar o quotidiano, que se vêm
manifestando, em ordem à valorização do bem-comum; resistir às ondas de
desinformação que espreitam permanentemente nos diversos circuitos
comunicacionais, corroendo a confiança básica nas pessoas, instituições e
autoridades públicas que têm por missão assegurar a governação democrática das
sociedades; trabalhar criativamente, contribuindo para a necessidade coletiva
de imaginar e preparar futuros sustentáveis, atentos à necessidade de cuidar da
"casa comum" que é o nosso mundo globalizado.
É com este sentido de pertença que decidimos publicar esta Newsletter. Sabendo todos que as
iniciativas presenciais que habitualmente aqui são noticiadas se encontram
suspensas ou adiadas, ainda assim, no CEHR quisémos assegurar esta ligação entre
todos.
Lisboa, 31 de março 2020
Paulo Fontes, diretor do CEHR
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